Projeto visa levar rugby para as escolas de Campinas

Felipe Zangiacomo
Redação 3
Criado no século XVIII, na Inglaterra, o rugby é o segundo esporte coletivo mais praticado no mundo, perdendo apenas para o futebol. No entanto, justamente no país do futebol, o esporte britânico encontra poucos praticantes e fraca divulgação. É esse cenário que o projeto Campinas Joga Rugby espera mudar. 

Organizado pelo professor de educação física Carlos Javier Pazos o projeto espera levar o rugby para as escolas de Campinas, montando núcleos de aprendizagem e acabando com a fama de esporte violento. “Qualquer escola que tiver interesse poderá receber o projeto. Visitaremos a instituição, mostrando o rugby. Os (professores de Educação Física) interessados podem se inscrever em um núcleo perto da escola e receber formação para ministrar a aula”, explicou o coordenador. 

Pazos, nascido na Argentina – país com tradição na modalidade e que ocupa a terceira posição no Ranking Mundial – ainda ressaltou a importância da prática do rugby desde criança. “Aos oito anos, meu pai me levou para o clube para aprender a jogar. Precisamos desmistificar que o rugby é um esporte violento. O rugby é um jogo para se fazer amigos, para se criar vínculos de respeito e amizade. Queremos que os adolescentes e as crianças de Campinas conheçam o esporte e, quem se interessar, tenha possibilidade de praticá-lo”. 

Além do desenvolvimento do o projeto, o argentino se mantém envolvido com rugby treinando a equipe universitária da Unicamp e o plantel do Jequitibá, único time da cidade. 

E é o Jequitibá, aliás, que ajuda a colocar o Campinas Joga Rugby em prática. “Temos muitas dificuldades para conseguir material humano. Há poucas pessoas envolvidas e disponíveis. Então, contamos com voluntários da própria equipe do Jequitibá no projeto. O ideal seria que a gente tivesse professores de Educação Física envolvidos nisso, mas nas escolas não se ensina rugby”, completou Pazos.